Segundo a organização mundial de saúde, OMS, o Brasil recebeu um certificado que atesta a interrupção da transmissão da doença de Chagas pelo seu principal vetor, o bicho barbeiro. Apesar da notificação, o Brasil não está completamente livre da enfermidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, cinco mil pessoas morrem por ano devido a complicações cárdicas causadas pela doença de chagas. Atualmente, no Brasil, dois milhões de pessoas estão infectadas.
Vale a pena ressaltar, que só há perspectiva de cura, se a doença for detectada em seu estágio inicial. Por isso é essencial a atenção aos sintomas da enfermidade, que muitas vezes podem ser confundidos com um simples resfriado.
Com o objetivo de esclarecer as principais dúvidas sobre a doença de Chagas, a especialista em cardiologia, doutora Ariadne, em entrevista ao De Bem Com A Vida, transmitido pela rádio Gospel na manhã desta segunda-feira, deu orientações referente ao assunto.
Qual é a forma de contágio da doença de Chagas?
A doença de Chagas é transmitida por meio de um inseto, que é conhecido popularmente como “bicho barbeiro”. Geralmente, ele fica alojado em casas feitas de madeira ou de tijolos. Por possuir hábitos noturnos, ele sai quando a vítima está dormindo e a pica na maioria das vezes, na região do rosto. Na medida em que o bicho barbeiro pica, ele também defeca, causando a irritações e coceiras na pele. As fezes em contato com o local da picada transmitem o protozoário que causa a doença de Chagas.
Existe transmissão de pessoa para pessoa?
Ela é feita por meio da transfusão de sangue. Antes da doação, a pessoa passa por uma série de exames, que vão apontar se o doador possui ou não a doença de Chagas. A enfermidade pode ser transmitida também de mãe para filho, durante a gestação. Recentemente, foi comprovado que há transmissão também por meio do aparelho digestivo. Por exemplo, quando um dos insetos portadores da doença é moído junto com a cana, durante o preparo da garapa, há o contágio por meio do processo digestivo. Agora em relação a beijos e contatos físicos, não é possível o contágio.
Existe cura?
Quando é detectado no estágio agudo, ou seja, quando a pessoa é picada e já apresenta alguns sintomas da doença, é curável. Existem medicamentos de fácil acesso e de custo baixo, que muitas vezes podem até ser cedidos pela rede pública que são essenciais para o processo de cura. Se o paciente seguir o tratamento com disciplina, ficará 100% curado.
